Sábado, 19 de Abril de 2025
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Alagoinhas: Muitas escolas e creches municipais seguem sem aulas e em situações precárias

Não é aceitável que, em pleno mês de abril, crianças estejam há quase 30 dias sem aulas. Não é razoável que se tente naturalizar a ausência de professores e o sucateamento da estrutura física das escolas. E, definitivamente, não é justo que os mais pobres — sempre os mais prejudicados — sigam sendo vítimas da incompetência e da falta de prioridade dada à educação pública

16/04/2025 às 10h59
Por: Redação
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Alagoinhas: Muitas escolas e creches municipais seguem sem aulas e em situações precárias

Enquanto as autoridades municipais de Alagoinhas se limitam a publicar notas justificando o injustificável, centenas de crianças da rede pública seguem sendo negligenciadas — privadas do direito mais básico e fundamental: o acesso à educação. O que acontece hoje nas escolas municipais da cidade é mais que um problema de gestão; é um retrato cruel do descaso com o futuro de toda uma geração.

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As aulas começaram oficialmente no dia 6 de março. Hoje, 15 de abril, ainda existem escolas sem professores, sem auxiliares, sem merendeiras, sem ar-condicionado, sem limpeza adequada e, pior, sem qualquer perspectiva concreta de normalização.

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Alunos do 4º ano da Escola Irene Andrade de Assis estão há quase um mês sem professor. Na Escola Nova Brasília, salas seguem vazias, esperando por profissionais que nunca chegam. A Escola Maria Feijó também vive situação semelhante com turmas do 3º ano sem aula por semanas.

Trata-se de um colapso silencioso que atinge em cheio o Ensino Fundamental I e II — justamente as etapas mais cruciais da formação educacional de uma criança.

A negligência da Secretaria de Educação, sob o comando de Rita Bastos, ameaça causar danos pedagógicos irreparáveis. A defasagem na aprendizagem, o risco de evasão escolar e o agravamento das desigualdades educacionais já são perceptíveis, especialmente entre alunos de baixa renda e crianças com deficiência, que dependem exclusivamente da rede pública para ter alguma chance de construir um futuro melhor.

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Enquanto isso, a Secretaria de Comunicação se dedica a lançar sucessivas notas tentando maquiar a realidade. Na última delas, a justificativa apontada foi o “curto intervalo” entre o encerramento do ano letivo de 2024 e o início de 2025 — uma explicação que, por si só, expõe o despreparo da gestão municipal em planejar e executar um calendário educacional minimamente eficaz. O argumento soa como escárnio quando confrontado com o sofrimento cotidiano de pais, alunos e professores que seguem à mercê do improviso.

Não é aceitável que, em pleno mês de abril, crianças estejam há quase 30 dias sem aulas. Não é razoável que se tente naturalizar a ausência de professores e o sucateamento da estrutura física das escolas. E, definitivamente, não é justo que os mais pobres — sempre os mais prejudicados — sigam sendo vítimas da incompetência e da falta de prioridade dada à educação pública.

A educação das nossas crianças não pode continuar sendo empurrada com a barriga. O tempo que se perde na infância é um tempo que não se recupera mais. Os prejuízos causados hoje refletirão por anos — nas salas de aula, nas oportunidades negadas, nos sonhos interrompidos.

É hora de parar de justificar e começar a resolver. A educação não pode esperar. E as crianças de Alagoinhas merecem respeito.

Fonte: Se Liga Alagoinhas

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