Após a morte do papa Francisco na última segunda-feira (21), aos 88 anos, vai ser convocado um conclave com o objetivo de escolher o novo líder da Igreja Católica. No entanto, o cardeal Giovanni Angelo Beccium acusado de corrupção e destituído das funções pelo papa Francisco ainda insiste em participar do conclave.
Beccium ocupou um cargo de “sostituto” (“substituto”) na Secretaria de Estado da Santa Sé, o equivalente a um chefe de gabinete papal dentro do Vaticano.
Ele foi condenado a cinco anos e meio de prisão por peculato e fraude em 2023 em um caso envolvendo a compra de um edifício de luxo em Londres que deixou um rombo de 139 milhões de euros nas finanças do Vaticano. Beccium foi o primeiro cardeal a ser sentenciado pela Justiça.
Ele sempre alegou inocência e entrou com um recurso que ainda está em análise. Antes do início do julgamento, o papa Francisco demitiu Giovanni Becciu do cargo de líder do departamento do Vaticano para a canonização de santos.
Embora ele tenha perdido os direitos e privilégios como cardeal, nunca foi tecnicamente removido do Colégio Cardinalício. Assim, tem permissão para participar das discussões pré-conclave.
Giovanni Angelo Becciu nasceu em Pattada, Sassari, na Itália, em 2 de junho de 1948 e se tornou sacerdote em 27 de agosto de 1972 e é formado em Direito Canônico. Ingressou no serviço diplomático do Vaticano em 1º de maio de 1984, tendo servido nas Representações Pontifícias na República Centro-Africana, Sudão, Nova Zelândia, Libéria, Reino Unido, França e Estados Unidos.
Becciu foi proclamado cardeal pelo papa Francisco no consistório de 28 de junho de 2018.
Fonte: Bnews