Após o triunfo do Bahia por 1 a 0 sobre o Atlético Nacional-COL, na noite desta quinta-feira (25), pela 3ª rodada do Grupo F da Conmebol Libertadores, o técnico Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O treinador analisou o desempenho do time, valorizou o resultado e destacou o apoio da torcida tricolor.
“A gente se comportou bem diante daquilo que treinamos. Acho que conseguimos quebrar o ritmo de jogo do Atlético Nacional. Jogo de muita qualidade individual e de conjunto. Foi muito difícil e competitivo”, iniciou Ceni.
“Feliz pela maneira que competimos, jogamos, criamos. Uma equipe que trouxe muita dificuldade, um time fisicamente mais forte que o nosso, mais descansado que o nosso. Mas fizemos um bom jogo, foi difícil, mas de maneira merecida traz ainda mais orgulho para nós”, completou.
Ceni também foi questionado sobre a possibilidade de o Bahia garantir a classificação às oitavas de final já na próxima rodada, diante do Nacional-URU, novamente em casa. O treinador evitou criar expectativas excessivas.
“Não acho que a classificação já vem na próxima rodada, mas temos a possibilidade de fazer mais um grande jogo. É outro time que vai trazer dificuldade, mas vamos tentar chegar aos dez pontos. E aí sim vamos sofrer muito, porque vão ser dois jogos fora de casa e sabemos que precisamos evoluir fora de casa. Daqui a 62 horas já temos outro jogo muito complicado, mas nas próximas horas vamos comemorar o jogo de hoje”, ponderou.
Sobre Willian José, autor do gol da vitória, o técnico fez elogios ao centroavante e lamentou não tê-lo à disposição na rodada anterior do Campeonato Brasileiro.
“Um jogador distinto. Uma pena não contarmos com ele contra o Ceará. Um jogador que pesa mais área, tem característica de ter a bola no pé. Ele é um jogador que precisa de poucas chances para fazer gols, mas sofre um pouco mais na parte física. É um cara com muita frieza e qualidade técnica. Hoje entrou, nos ajudou e fez o gol que nos coloca em primeiro no nosso grupo. Vai seguir trabalhando, ele sente um pouco de cansaço quando aperta a parte física, vamos tentar controlar. É um jogador ímpar na qualidade técnica e que precisa crescer na parte física”, avaliou.
Ao ser indagado sobre a importância da concentração durante os jogos, Ceni recorreu a uma referência do basquete para ilustrar a necessidade de foco contínuo.
“Phil Jackson, treinador dos Bulls quando eu gostava de basquete, falava que depois que a última garrafa é bebida, é preciso voltar ao campo de batalha e começar de novo. Vamos ter que competir muito ainda. Vai ser difícil o Palmeiras, o Botafogo aqui. Deixamos de fazer três pontos em duas ocasiões em casa. Só temos mais 16 jogos aqui e o fator casa é determinante. Mas não temos como abandonar uma Libertadores depois de lutar tanto para chegar nela. Vamos ter que tentar entender as competições e os momentos. Entender as possibilidades de lesão, de cansaço. Espero que o Gabriel volte logo, os jogadores já estão no limite. Temos que tentar encontrar um equilíbrio”, destacou.
Por fim, o comandante tricolor enalteceu a força da torcida, citando a atmosfera criada na Arena Fonte Nova como fundamental para o desempenho da equipe.
“Eu não me meto no trabalho da psicologia. Alguns jogadores tratam individualmente. Eu tenho meu lado de lidar com os jogadores para motivar eles para cada jogo. Acho que também entra o descanso que foi dado para cada um, isso muda a rotação no jogo. Acho que a recuperação de energia para o jogo faz a rotação no jogo ser diferente. O combustível também é o estádio cheio, o torcedor cantando o nome de todos os jogadores. A gente jogou bem hoje na Libertadores, jogou bem contra o Corinthians, que era brasileiro. Acho que não tem isso de competição”, concluiu.
Fonte: Bahia Noticias