Terça, 20 de Maio de 2025
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CPI do INSS mira Frei Chico, irmão de Lula, em investigação de desvio milionário

A Polícia Federal está investigando um esquema envolvendo o desvio de quase R$ 6,5 bilhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aposentados e pensionistas

07/05/2025 às 07h48
Por: Redação
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CPI do INSS mira Frei Chico, irmão de Lula, em investigação de desvio milionário

A Polícia Federal está investigando um esquema envolvendo o desvio de quase R$ 6,5 bilhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a aposentados e pensionistas. Entre os alvos da investigação estão 11 entidades, sendo uma delas vinculada a Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocupa o cargo de vice-diretor de um dos sindicatos sob suspeita.

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De acordo com o relatório da Polícia Federal, o sindicato em questão arrecadou milhões de reais entre 2019 e 2024, e, em 2024, recebeu mais de R$ 154 milhões da União, valor significativamente superior ao registrado pela Controladoria Geral da União (CGU). Um dos principais pontos investigados envolve a irregularidade na implementação de uma regra de validação dos descontos associativos por meio de biometria facial, que deveria ter sido adotada para evitar fraudes. O relatório aponta que a medida não foi cumprida adequadamente, permitindo que as entidades realizassem descontos indevidos nos benefícios dos aposentados e pensionistas.

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A fraude estaria associada a um sistema de verificação de imagens, no qual, ao invés de usar a biometria facial de forma segura, os sindicatos responsáveis pelo esquema passaram a coletar imagens de beneficiários de fontes públicas na internet, como redes sociais, e as usaram para autorizar os descontos. Essa prática permitiu que fotos e documentos digitais de pessoas fossem usados como se fossem assinaturas válidas, o que facilitou o processo de apropriação indevida de recursos dos aposentados.

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Os desvios aconteceram principalmente por meio de uma brecha legal, onde uma instrução normativa autorizava a busca de imagens de beneficiários em qualquer banco de dados público, sem uma validação rigorosa da identidade. Isso resultou na criação de um sistema fraudulento no qual as fotos encontradas em redes sociais e documentos públicos eram tratadas como provas suficientes para realizar descontos nos benefícios. Assim, aposentados e pensionistas, sem saber, viam uma parte de seus recursos desviados para esses sindicatos.

A investigação levantou dúvidas sobre a atuação dessas entidades, que, além de não cumprirem as normas de segurança, também alegam que o sistema de biometria facial ainda não estava completamente implementado. No entanto, ao buscar soluções intermediárias, acabaram implementando práticas fraudulentas que afetaram diretamente os beneficiários do INSS. O caso gerou repercussão em todo o país, sendo considerado um dos maiores escândalos de corrupção envolvendo o sistema previdenciário.

A inclusão de Frei Chico no caso, devido à sua posição de liderança em um dos sindicatos investigados, adicionou um elemento político sensível à situação. Embora ele tenha negado qualquer envolvimento direto com as fraudes, o fato de ser irmão do presidente Lula gerou discussões sobre o impacto da sua ligação política no caso.

As investigações seguem em andamento, com a Polícia Federal buscando aprofundar a apuração sobre o envolvimento de outros membros dessas entidades. O esquema revela falhas no sistema de controle dos benefícios pagos pelo INSS, que possibilitaram que grandes quantias de recursos públicos fossem desviadas, prejudicando os aposentados e pensionistas que dependem desses valores para sua subsistência.

A oposição no Congresso conseguiu reunir assinaturas para tramitar as duas comissões parlamentares de inquérito. A convocação de Frei Chico é considerada inevitável, embora não haja indícios de seu envolvimento direto nas fraudes. A CPI dos Aposentados, proposta pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), já inclui o irmão do presidente entre os primeiros convocados.

Desde 2018, Frei Chico dirige o Sindnapi, que registrou um aumento expressivo em arrecadações ilegais, passando de R$ 17,588 milhões em 2019 para R$ 90,519 milhões em 2024. Essa alta de 414% no período levanta suspeitas sobre a gestão do sindicato. Chrisóstomo está em contato direto com Hugo Motta para acelerar a instalação da CPI na Câmara.

O pedido para a CPI mista, liderada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), também inclui a convocação de Frei Chico. No entanto, a leitura do requerimento está pendente, pois Davi Alcolumbre, responsável pela leitura, viaja com Lula para a Rússia e China.

Fonte: Pensando direita e Portal tela

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